Iniciação Científica - passo a passo

Depois de discutirmos a importância de uma Iniciação Científica, como é que de fato um aluno pode começar uma Iniciação Científica?

O que é uma Iniciação Científica, em primeiro lugar?

O nome já diz: é o primeiro contato, em nível de graduação, que você pode ter com o âmbito científico. É importante sabermos que a Iniciação Científica parte do projeto do professor, segundo a linha de pesquisa que ele desenvolve, e não simplesmente de uma ideia do aluno. O aluno terá que se “encaixar” dentro do projeto do professor e submeter um subprojeto para o órgão que cuida disso na universidade (ex. Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, nas federais). Formalmente, é isso.

Existem prazos: o órgão abre anualmente um edital de submissão de subprojetos de Iniciação Científica que podem concorrer a bolsa (PIBIC). Geralmente, a data limite é em torno de março-abril-maio de cada ano, e o resultado é divulgado em torno de julho/agosto. Depois que o resultado é divulgado, os alunos selecionados são convocados a apresentar uma série de documentações necessárias ao cadastro e a partir daí começa a valer o prazo de execução do cronograma do seu subprojeto, com duração de um ano.

Nos próximos seis meses, você terá que desenvolver um Relatório Parcial sob supervisão do seu orientador. Ao final do “ano de pesquisa”, você deverá submeter o Relatório Final – 15 páginas, em média.

Como conseguir, então?

  1. Seja curioso: Converse com seus veteranos sobre as experiências deles, descubra quais são os pontos negativos e positivos da experiência acadêmica deles. Aprenda com essas lições (a voz da experiência) e veja quais são os professores que estão dispostos a discutir um subprojeto com você ou que precisam de alunos interessados em desenvolver pesquisa;

  2. Descubra quais são suas áreas de maior interesse, entenda melhor o que você gosta e verifique as linhas de pesquisa no seu curso;

  3. Veja quais são os projetos dos professores que são formalmente cadastrados junto ao órgao de pesquisa da sua faculdade;

  4. Fique atento aos prazos: Vá concebendo o seu subprojeto junto ao seu professor orientador conforme o projeto dele;

    calendário

    É importante se dedicar e se manter atento aos prazos!

  5. Seja proativo: Procure esses professores e coloque-se à disposição. Não desista se o professor que é a sua primeira opção não for muito aberto ou não tiver vagas de PIBIC. Peça indicações de outros nomes do corpo docente, pergunte se há sugestões de leituras sobre o tema e mostre interesse;

  6. Seja solícito: Procure ajudar com novas coisas e lembre-se que esforços que hoje não parecem ter muito valor, no futuro podem ter um retorno significativo. Existe uma certa resiliência em trabalhar como voluntário e definitivamente o professor irá lembrar de você no momento certo;

  7. Seja engajado: Participe de grupo de estudos e das mais diversas oportunidades relacionadas - eventos, palestras e cursos na área. É uma das formas mais eficazes de demonstrar interesse, “ver e ser visto”, conhecer novas pessoas no âmbito acadêmico;

  8. Não deixe os empecilhos impedirem de fazer pesquisa: O início pode ter inúmeras dificuldades – o professor não lhe dá tanto apoio, as coisas não dão tão certo, você tem outras obrigações para dar conta, você está começando e não sabe como fazer, não tem ninguém para ajudar (Opa! Agora tem, pode me procurar!). Insista e persista, esse é o maior conselho!

Em um próximo post, vou escrever sobre uma dúvida comum: como escolher um tema de Iniciação Científica?