A importância de uma Iniciação Científica

Decidi tratar de uma importante pergunta nesse texto: Qual é a importância de uma Iniciação Científica?

Afinal, me engajei com a vida acadêmica e realizei quatro subprojetos de Iniciação Científica ao longo da graduação (note-se, com diferentes orientadores), desde o 2o período e posso falar sobre alguns pontos positivos dessa modalidade acadêmica.

Pontos positivos de uma Iniciação Científica:

  • Ter um professor mentor, um “orientador” antes da própria monografia, ou alguém que sabe muito mais do que você que está ali ao menos formalmente apoiando a sua pesquisa;

  • Ter obrigações, cronograma de execução e prazos para estudar aquele tema específico;

  • Aprender a fazer um recorte metodológico e a partir daí começar a se dar conta dos princípios básicos de realizar uma pesquisa;

  • Escrever um Relatório Parcial (dez/jan) e um Relatório Final (jun/jul): é o começo para você de fato desenvolver sua habilidade escrita, ainda que em um limite pequeno de páginas;

  • Estar desenvolvendo algo que é paralelo a sala de aula – não necessariamente aquilo que você estuda é algo que você já viu em alguma matéria e você pode ir muito além;

  • Aprofundar-se bibliograficamente em um assunto, fazer um banco de referências e citações, desenvolver análises mais refinadas, o que pode culminar na elaboração de um artigo sobre o tema;

  • Estar envolvido em um contexto que é propício para a produção científica e debate acadêmico, em que você tem já uma autonomia para escrever trabalhos, participar de eventos na área e enfim, apenas com o título de “Bolsista de Iniciação Científica”;

  • Ah, falando em bolsa – PIBIC: Sim, a possibilidade de ganhar uma bolsa de um órgão de fomento ou da própria universidade, no valor de R$ 360,00 / 400,00 – o que foi demais para mim no início do curso, considerando que eu ganho para estudar o que eu gosto teoricamente desenvolvendo a pesquisa da maneira que eu e meu orientador bem entendermos. A experiência voluntária – PIVIC – também é válida;

  • Ter contato com outros pesquisadores: Professores, grupos de pesquisa, mestrandos e afins;

  • Poder participar de uma Jornada de Iniciação Científica e ter o trabalho de criar um Pôster de Pesquisa;

  • Começar a entender como funciona o contexto acadêmico – suas dificuldades, burocracias, perrengues e também realizações, oras!

  • Ser uma experiência formalmente relevante:  a Iniciação Científica permite adquirir um certificado de horas de dedicação acadêmica semanal e isso tem valor no currículo;

  • Ter um feedback: O subprojeto e relatórios teoricamente são “corrigidos” por dois avaliadores imparciais e páreos, da área do projeto (ou seja, uma pesquisa do Direito é classificada como Ciências Sociais Aplicadas e um professor de qualquer outro curso nesse âmbito pode ser o responsável por avaliar). É por isso que a sua linguagem precisa ser clara e acessível não somente entre você e o seu orientador, mas para qualquer outra pessoa que leia a sua pesquisa. Isso é sempre peculiar, mas é muito bom receber críticas ainda que você não concorde com elas. Isso faz a sua pesquisa crescer e, por exemplo, o que é apontado como erro no Relatório Parcial, você pode tentar melhorar no Relatório Final. É um processo extremamente construtivo e incentivo que as avaliações sejam feitas sempre com mais afinco.

  • Você contribui para o crescimento da sua universidade e, via de regra, tem todo o potencial de ser uma ótima formação acadêmica para o estudante!

E você, também já fez Iniciação Científica? Tem mais algum aspecto para acrescentar nessa lista? Conte-nos!